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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

As quatros velas

As quatro velas queimavam lentamente.
O ambiente estava tão silencioso que se podia ouvir o diálogo que mantinham.
A primeira disse:
- Eu sou a paz!
Apesar de minha luz as pessoas não conseguem manter-me acesa. Acho que vou me apagar.
E, diminuindo seu fogo bem rápido, se apagou totalmente.
Disse a segunda:
- Eu me chamo fé!
Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de Deus. Não há nenhum sentido em permanecer acesa.
Ao terminar de falar, um vento passou, levemente, sobre ela e a apagou.
Rápida e triste a terceira vela se manifestou:
- Eu sou o amor!
Não tenho forças para continuar acesa. As pessoas me deixam de lado e não percebem o peso disto. Se esquecem até daqueles que estão tão perto e as amam.
E, sem esperar, se apagou.
De repente...
Entrou uma criança e viu as três velas apagadas.
- O que é isto? Vocês deviam queimar-se e estarem acesas até o fim.
E, dizendo isto, começou a chorar.
Então a quarta vela falou:
- Não tenhas medo, menino, enquanto eu tiver fogo podemos acender as outras velas, eu sou a esperança!
O menino com os olhos brilhantes, pegou a vela que restava... E acendeu todas as outras.
Que a vela da esperança nunca se apague dentro de nós!

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