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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Pais e Filhos: Companheiros de Viagem


Às vezes, imagino a vida como uma viagem de trem, feita com companheiros que a compartilham em determinados trechos.
Quando nasci, entrei no trem em que estavam meus pais; eles já conheciam algumas coisas sobre a viagem e sobre o trem.
Certamente parte de seus conhecimentos correspondia à verdade e outra parte não passava de ilusões.
No meio da minha viagem nasceram meus filhos.
A esta altura, eu também já conhecia algumas coisas a respeito da viagem e do trem; igualmente, parte era verdadeira e parte não.
Há pouco tempo meu pai deixou o trem e, com sua partida, a dor mudou a maneira de fazermos a viagem. Mas o trem continuou...
Quando juntos, cada um dos companheiros de viagem faz suas descobertas...
...e procura passá-las para os outros, sabendo que a riqueza da luz se amplia quando é compartilhada.
Pais e filhos, somente companheiros.
Nem guias, nem professores, muito menos proprietários...
Pais e filhos, o maior e mais belo encontro da vida, cúmplices no aprender a desvendar os mistérios de cada um; amigos nas transformações, pois este é um dos grandes segredos da vida: quase tudo é provisório!
O que hoje nos sacia, amanhã pode não mais fazê-lo.
De definitivo, somente os filhos e, por conseqüência, os pais: definitivo e eterno amor.
No meio das ondas do ato de se viver e dos percursos das nuvens em se buscar.
Definitivos e eternos, simplesmente...
Companheiros de Viagem!

(trecho do livro Pais e Filhos: Companheiros de Viagem, de Roberto Shinyashiki)

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