Pesquisar este blog

domingo, 31 de outubro de 2010

Águia-mãe


A águia voa ao encontro dos filhotes.
Era chegada a hora...
Gentilmente, mas com firmeza, empurra os filhos para a beira do ninho...
Sente a resistência deles...
Seu coração trepida com emoções conflitantes, e pensa:
“Por que será que a emoção de voar precisa começar com o medo de cair?"
Conforme a tradição da espécie, seu ninho localiza-se no alto de um rochedo escarpado.
Abaixo, o abismo enorme, onde há somente o ar para suportar as asas de cada um de seus filhotes...
“Será possível que, dessa vez, não dará certo?” pensa a águia.
A despeito de seus medos, a águia sabe que chegou à hora. Sua missão materna está praticamente terminada...
Resta uma última tarefa: o empurrão.
Ela reúne coragem, pois em sua sabedoria inata sabe que, enquanto os filhotes não descobrirem suas asas, não haverá objetivo em suas vidas.
Enquanto não aprenderem a voar, não compreenderão o privilégio de terem nascido águia.
O empurrão era o maior presente que a águia-mãe tinha para lhes dar.
E por isso, um a um, ela os empurrou...
E eles voaram!

Baseado no texto de David Mcnally

Nenhum comentário:

Postar um comentário