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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O cesto e a água


Em um antigo mosteiro, um discípulo perguntou ao seu mestre:
- Mestre, por que devemos ler e decorar a “Palavra Sagrada” se nós não conseguimos memorizar tudo e com o tempo acabamos esquecendo? Somos obrigados a constantemente decorar o que já esquecemos.
O mestre ficou olhando para o horizonte por alguns minutos e depois ordenou ao discípulo:
- Pegue aquele cesto de junco, desça até o riacho, encha o cesto de água e traga até aqui.
O discípulo olhou para o cesto sujo e achou muito estranha a ordem do mestre mas, mesmo assim, obedeceu.
Pegou o cesto sujo, desceu os cem degraus da escadaria do mosteiro até o riacho, encheu o cesto de água e começou a subir de volta.
Como o cesto era todo cheio de furos, a água foi escorrendo e quando chegou até o mestre já não restava nada.
O mestre perguntou-lhe:
- Meu filho, o que você aprendeu?
O discípulo olhou para o cesto vazio e disse, jocosamente:
- Aprendi que cesto de junco não segura água.
O mestre, então, ordenou-lhe que repetisse a tarefa.
Quando o discípulo chegou outra vez com o cesto vazio, o mestre perguntou-lhe: - E agora, meu filho, o que você aprendeu?
O discípulo novamente respondeu com sarcasmo:
- Que cesto furado não segura água...
O mestre, então, continuou ordenando que o discípulo repetisse a tarefa.
Depois da décima vez, ele estava desesperadamente exausto de tanto descer e subir as escadarias.
Porém, quando o mestre lhe perguntou de novo o que havia aprendido, o discípulo olhou atentamente o cesto, e percebeu admirado:
- O cesto está limpo!
Apesar de não segurar a água, a repetição constante de encher o cesto acabou por lavá-lo e deixá-lo limpo.
O mestre, por fim, concluiu:
- Não importa que você não consiga decorar todas as passagens da “Palavra Sagrada” que você lê...
O que importa, na verdade, é que através deste processo a sua mente e a sua vida ficam limpos diante de Deus.

Autor desconhecido

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