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domingo, 2 de janeiro de 2011

A máscara


Cada vez que ponho uma máscara para esconder minha realidade,
fingindo ser o que não sou, faço-o para atrair o outro e logo descubro
que só atraio a outros mascarados distanciando-me dos outros devido a um estorvo: A máscara.
Faço-o para evitar que os outros vejam minhas debilidades e logo descubro que, ao não verem minha humanidade,
os outros não podem me querer pelo que sou, senão pela máscara.
Faço-o para preservar minhas amizades e logo descubro que, quando perco um amigo, por ter sido autêntico, realmente não era meu amigo, e, sim, da máscara.
Faço-o para evitar ofender alguém e ser diplomático e logo descubro que aquilo que mais ofende às pessoas, das quais quero ser mais íntimo, é a máscara.
Faço-o convencido de que é melhor que posso fazer para ser amado e logo descubro o triste paradoxo; o que mais desejo obter com minhas
máscaras é, precisamente, o que não consigo com elas.

(Gilbert B. Lazan)

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