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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Mestre Zen e seu discípulo


O Mestre Zen e seu discípulo conversavam sobre coisas muito importantes. Certo momento o discípulo respeitosamente pergunta:
- “Mestre, uma coisa eu ainda não compreendo...
- O Mestre olhou ternamente para o jovem discípulo e perguntou:
- “Diga-me, meu confuso e curioso discípulo, o que o intriga tanto assim?”
- O discípulo ergueu as sobrancelhas e disse:
- “Mestre, afinal, quem sou eu?”
- O Mestre deu uma gostosa gargalhada e olhou o discípulo bem nos olhos dizendo:
- “Como você é um discípulo muito aplicado acho que está na hora de você descobrir esta resposta. Por favor, apanhe uma cebola e uma faca”.
- O discípulo rapidamente trouxe a cebola e a faca. O Mestre pega a cebola e a faca e começa a descascar a cebola dizendo:
- “Meu jovem você é como esta cebola. Veja só. Se tirarmos uma camada o que resta?
- “Ora, Mestre, resta outra camada de cebola! Eu continuo não entendendo.”
- “Acalme-se e preste atenção. As coisas nem sempre são o que parecem ser. Se eu retiro esta outra camada da cebola, o que resta?”
- “Outra camada mais interna, meu Mestre.”
- E o Mestre foi assim, camada a camada, descascando a cebola até que finalmente chegou à última camada interna.
- “Retirando esta última camada, o que resta meu jovem?”
- O discípulo estava ainda mais confuso, queria saber quem ele era afinal e o velho Mestre ficava descascando uma cebola até não ter mais nada em suas mãos.
“Como isso poderia explicar algo tão importante como quem eu sou?”, pensava o discípulo.
- “Ora, Mestre, tirando a última camada não resta mais nada!”
- ”Nada?”,
- O velho deu uma longa respirada, olhou bem na sua mão vazia e depois deu uma ampla olhada em tudo ao redor e perguntou:
- “Não restou nada mesmo, meu jovem? Preste atenção e me diga, o que restou?”
- “O Universo Mestre! Restou o Universo...”

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