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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Deixar-se tocar pelo sagrado


Pense num momento de intensa experiência religiosa.
Toda a pessoa tem o desejo profundo de ser tocado pelo sagrado.
Momentos rápidos;
Um toque interior, lembrando que falta algo em sua vida...
O que foi feito do sagrado e da experiência do sagrado?
Esta experiência protegia as pessoas e lhes trazia segurança e confiança.
Temos necessidade de olhar o sagrado de baixo para cima, de poder ajoelharmo-nos diante dele.
A pessoa que perde o acesso à experiência do sagrado, perde uma maneira importante de experimentar a condição humana.
O sagrado é atraente porque está subtraído ao nosso acesso.
Não temos poder sobre ele.
O sagrado permanece fora do nosso alcance.
O sagrado é um mistério e assim deve permanecer.
Dele participamos quando nele mergulhamos e a ele nos abandonamos, nos confiamos, nos entregamos...
No desejo de ser tocado pelo sagrado, encontra-se o anseio da busca do inteiramente OUTRO.
Às vezes, é preciso que aconteça alguma coisa que nos derrube por terra, para fazermos a experiência do sagrado em nós.
O sagrado precisa ser experimentado, tocar o coração, despertá-lo. É transmitido pelos nossos sentimentos que nos invadem e persistem.
É uma experiência que envolve o pensar, o sentir e o agir.
A experiência do sagrado pode vir acompanhada de fortes emoções.
É um encontro com um poder superior que me faz estremecer.
O sagrado é a bondade, a misericórdia e o amor da divindade nas pessoas.
Tornar-nos santos significa tornar-nos cada vez mais aquele que fomos chamados a ser.
É tarefa para uma vida inteira.
Para isso necessito levar em conta e valorizar tudo quanto me constitui – inclusive meu lado sombrio.
Quando entendermos o sagrado como força integradora, estaremos no caminho da santidade.
A experiência mais profunda do sagrado é percebermos a presença de Deus e podermos senti-la.
SANTIFICAR O COTIDIANO
A santidade se encontra em nossos risos e em nossas lágrimas, no cotidiano da vida.
Em tudo fazermos a experiência de sermos livres, tb. no sofrimento…
Fazer com que nossas tendências, sombras e luzes, possam frutificar para nossa santificação.
Elas são o canteiro a partir de onde nós devemos crescer.
Deus se alegra quando desenvolvemos em nós o que Ele colocou.
Para descobrir o sagrado no cotidiano precisamos estar abertos a ele, estar dispostos.
VIVER DE NOSSO “SANTO DOS SANTOS”.
Quando encontramos o caminho para nosso “Santo dos Santos”, e experimentarmos aí nossa santidade, então TUDO em nós pode viver.
Não precisaremos mais reprimir o que é parte integrante de nós.
ENTREGAR AO SAGRADO: a direção de nossa vida
Quando nosso pensar e agir forem por ele determinados, ele nos levará à experiência do sagrado.
Então, nós mesmos seremos santificados.
O sagrado é constante.
É eterno. É autêntico.
Não é névoa, momento, show.
O sagrado perpassa
A pessoa inteiramente,
Deixa-a abalada e preenchida quando a toca.
Não é apenas belo e confortável.
Mas é, sobretudo, inexplicável, impenetrável, misterioso, grávido de mistério, luminoso, inteiramente Outro.
A experiência do sagrado e do sublime na natureza.
Às vezes, entrar numa igreja pode recuperar o espaço sagrado em nós.
Um profundo sentimento de paz e segurança se espalha em nosso interior.
Antes de sermos de uma religião deveríamos ser promotores e cultivadores do sagrado.
Podemos nos encontrar com o sagrado nos rituais e nos sonhos.
Os rituais são a linguagem de nosso profundo. Eles nos põe em ligação com nossos ancestrais, com Deus...
O ritual torna mais transparente o muro entre o aquém e o além.
É o encontro entre o presente e a eternidade. É como se a eternidade tocasse o momento presente.
Quando nos libertamos do domínio do eu, uma força superior é liberada.
E nos transformamos em nosso verdadeiro eu, que nos faz ser testemunhas do ser.
Quando o sagrado nos toca, nós somos sensíveis e alertas em relação ao poder e ao abuso do poder. Estamos atentos ao nosso agir em relação aos outros.
O sagrado dá a vida. Ele é a fonte de onde a vida brota, ele é a voz onde a vida se perde.
Na experiência do sagrado: “tudo está presente, tudo em nós se cala e curva-se profundamente em sua presença” (Rudolf Otto)

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